Proteger áreas marinhas é um grande desafio para a gestão ambiental. A complexidade estrutural desses ambientes, os impactos cumulativos das atividades humanas, a necessidade de conservação de espécies-chave e a valorização da cultura e dos meios de vida das comunidades costeiras são apenas alguns dos aspectos que devem ser considerados nesse processo. Conciliar todos esses fatores não é uma tarefa fácil e a obtenção e utilização de dados científicos confiáveis é essencial para que a gestão seja realizada de forma eficiente. Para áreas marinhas, técnicas de mapeamento do fundo do mar são fundamentais para expandir os horizontes no processo de monitoramento das variáveis ambientais e da ação antrópica. Além do conhecimento de ferramentas alinhadas à gestão ambiental, a troca de experiências entre os diferentes profissionais e as adequações às particularidades e interesses de cada região são essenciais para o desenvolvimento de alternativas viáveis e eficazes.
Tendo em vista a importância de tais trocas de conhecimento, em 27/06/2024 foi realizada a oficina “Utilização de métodos de mapeamento de fundo como instrumento para gestão marinha – Parte II”. A oficina teve como público-alvo gestores ambientais e funcionários das APAs (Áreas de Proteção Ambiental) com interface marinha localizadas no estado de São Paulo. O evento ocorreu no Parque Estadual da Ilha Anchieta e foi uma oportunidade de compartilhar e aplicar na prática alguns dos métodos utilizados pelo Projeto Petrechos de Pesca para coletar e analisar dados para o mapeamento do fundo marinho. Em 2023, a primeira edição dessa oficina abordou os conhecimentos teóricos que embasam tais métodos, mostrando os equipamentos necessários e descrevendo os procedimentos de coleta executados pelo projeto em sua pesquisa. Nesta segunda edição da oficina, o objetivo foi a etapa prática, promovendo um maior entendimento sobre a aplicabilidade dos métodos usados pela equipe do projeto na rotina específica de cada APA.
O encontro proporcionou o compartilhamento de experiências entre 15 profissionais, que puderam discutir desafios e oportunidades para adaptar e implementar tais metodologias para atender suas necessidades específicas. Ao final do evento, os participantes puderam avaliar a experiência proporcionada pela equipe, elucidando os pontos positivos e negativos, e as sugestões e impressões. De maneira geral, as impressões foram positivas, destacando a relevância do evento para a disseminação de dados sobre o projeto, a integração e colaboração entre os envolvidos e a realização de tarefas práticas em pequenos grupos.
Participantes da oficina “Utilização de métodos de mapeamento de fundo como instrumento para gestão marinha – Parte II”, realizada em 27/06/2024 no Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba (SP).
